A Doutrina Espírita ou Espiritismo, conforme reconhece a Federação Espírita do RN – FERN – é o conjunto dos ensinamentos dados pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec, com bases científicas, filosóficas e de consequências religiosas, e devidamente codificados nas obras por ele publicadas a partir de 18 de abril de 1857, que são: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.

O vocabulário ESPIRITISMO, neologismo criado por Allan Kardec, compreende somente a Doutrina transmitida pelos Espíritos e, com base nisto, seus adeptos são denominados ESPÍRITAS ou ESPIRITISTAS.

O Espiritismo, além da crença em Deus, na Imortalidade da Alma – base de todas as religiões espiritualistas – difere das demais por fundamentar-se, também, na Pré-existência da Alma, nas Vidas Sucessivas ou Reencarnação, na Comunicabilidade dos Espíritos com os homens ou Mediunidade, e na Pluralidade dos Mundos Habitados.

A Doutrina Espírita respeita a religiosidade de todos as culturas do nosso planeta, mas não tem vínculo algum com as suas práticas religiosas. Pois ela não resulta de qualquer forma de sincretismo religioso.

O Espiritismo não é responsável pelo uso indevido da mediunidade para fins ilícitos e comerciais, uma vez que tem como norma para todas as suas atividades o “Dai de Graça o que de Graça Recebestes”, recomendado por Jesus.

Longe de negar ou destruir o Evangelho de Jesus, o Espiritismo o confirma, explicando e desenvolvendo tudo o quanto Jesus disse e fez. Elucida pontos obscuros dos ensinamentos do Mestre Galileu, tornando-os mais claros, propiciando a ampliação da compreensão do homem sobre certas partes do seu evangelho que pareciam inadmissíveis. Além de reconhecer que a vivência do Evangelho de Jesus é o objetivo primordial a ser atingido pela humanidade.

Só há um Espiritismo, o que foi codificado por Allan Kardec, não existindo, portanto, diferentes ramificações ou categorias classificatórias, tais como: “Alto Espiritismo” ou “Baixo Espiritismo”, “Espiritismo de Mesa Branca”, “Neo-Espiritismo”, “Espiritismo Elevado”, “Espiritismo Kardecista” ou outras classificações quaisquer.

A FERN, interpretando os postulados da Doutrina dos Espíritos esclarece que no Espiritismo não se adota a prática de cultos exteriores, atos mágicos, nem faz uso de objetos. Dentre outros ressaltamos os seguintes:

  1. Exorcismo para afastar maus espíritos;
  2. Sacrifícios de animais e muito menos de seres humanos;
  3. Rituais de iniciação de qualquer espécie ou natureza;
  4. Uso de paramentos, uniformes ou roupas especiais;
  5. Utilização de altares, imagens, andores ou outros objetos materiais;
  6. Realização de promessas, despachos, riscadura de cruzes e pontos, prática de qualquer atos materiais oriundos de quaisquer outras concepções religiosas ou filosóficas;
  7. Promoção de rituais e/ou encenações extravagantes para impressionar o público;
  8. Confecções de horóscopos, exercício da cartomancia, quiromancia, astromancia ou outras práticas similares;
  9. Administração de sacramentos como batizados e casamentos, concessão de indulgências e sessões fúnebres ou reuniões especiais para preces particulares a desencarnados;
  10. Talismãs, amuletos, orações miraculosas, bentinhos, escapulários ou quaisquer outros objetos e coisas semelhantes;
  11. Pagamento e/ou retribuição de qualquer natureza por benefício recebido;
  12. Atendimento com o fim de alguém conquistar interesses materiais, tais como “abrir caminhos”;
  13. Danças, procissões ou atos análogos;
  14. Hinos ou cantos em línguas mortas ou exóticas;
  15. Uso de incenso, mirra, fumo, velas ou substâncias outras que induzam à prática de rituais;
  16. Uso de qualquer bebida alcoólica;
  17. Aplicação de passes que exijam contato físico entre o passista e a pessoa que recebe o passe.

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